Milhares de profissionais das tecnologias de informação são hoje contratados indiretamente via empresas de outsourcing, cujo papel principal se limita à intermediação das relações laborais. Em troca, apropriam-se de uma fatia significativa do valor gerado pelo seu trabalho.
Em muitos casos, os profissionais ficam reféns de práticas contratuais profundamente injustas, por vezes mesmo abusivas, que põem em causa o seu crescimento profissional e a sua justa remuneração. Certas situações atiram os profissionais de IT para a margem da legalidade, comprometendo o seu futuro com riscos fiscais e legais.
Uma sociedade responsável exige aos clientes finais práticas contratuais alinhadas com os princípios básicos do IT Fair Contracting:
Os profissionais de IT devem receber o valor justo gerado pelo seu trabalho e terem maior controlo sobre a sua carreira.
Os profissionais de IT têm consciência do seu valor para os projetos em que estão inseridos.
Os profissionais de IT reivindicam o poder de decidir como e por quem querem ser contratados.
Princípio Um.
Transparência: na forma como é distribuído o valor gerado pelo trabalho do profissional de IT pelos vários intervenientes no processo.
Princípio Dois.
Justiça: na remuneração do trabalho do profissional de IT.
Princípio Três.
Reconhecimento: por parte das entidades contratantes da evolução profissional do contratado, permitindo que possa assumir novos desafios e responsabilidades, com a atualização remuneratória equivalente.
Princípio Quatro.
Responsabilidade: os clientes devem implementar práticas de compliance que exijam aos seus fornecedores o cumprimento rigoroso da lei, banindo do mercado práticas ilegais e de concorrência desleal.